Por Jildonei Lazzaretti
No próximo dia 14 de junho de 2012, o pe. Paulo Ricardo de Azevedo Júnior completa vinte anos de sacerdócio. Este sacerdote, ordenado pelo então Papa João Paulo II, é uma figura emblemática dentro do clero do Brasil, uma vez que obteve uma grande ascensão “midiática”, principalmente através da rede mundial de computadores; e também devido à sua defesa veemente da fé católica.
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9 de jun. de 2012
9 de mai. de 2012
Retórica invejável, conteúdo no mínimo contestável e método totalmente incompatível com a Teologia Católica
Diante da CNBB reunida, Teólogo faz apologia a Teologia da Libertação e defende que o colegiado dos bispos deve ser exercido "em debate contra Roma"
Por Jildonei Lazzaretti
Durante a 50ª Assembleia Geral da CNBB, o teólogo gaúcho Frei Luiz Carlos Susin, OFMCap, expôs aos bispos do Brasil uma "Análise de conjuntura eclesial". Tendo acesso ao texto desta exposição, percebi que Frei Susin fez apenas uma análise marxista da Igreja (com base no materialismo histórico-dialético), acompanhada de uma apologia a Teologia da Libertação.
Ao falar da pedofilia, ele afirma: "As estatísticas dão esperança, uma vez que a concentração de casos (de pedofilia) está em clérigos cuja formação se situou exatamente no paradigma pré-conciliar que já não se sustentava mais". Ou seja, ele afirma que a maioria dos padres pedófilos recebeu uma formação baseada em princípios anteriores ao Concílio Vaticano II. Primeiramente, Frei Susin como teólogo tão renomado deveria citar estas estatísticas afirmando suas fontes e seus números exatos. E além disso, não consigo entender como estes padres pedófilos receberam formação pré-conciliar se a formação filosófica e teológica da maior parte dos seminários do Brasil, da América Latina e de parte da Europa é totalmente contrária à qualquer princípio que remete ao período pré-conciliar. Justamente nestes seminários se deu tanto enfoque a dimensão pastoral e social, que a doutrina foi deturpada, a disciplina foi condenada e as necessidades e fragilidades da dimensão humana foram ignoradas, gerando muitos dos recentes escândalos.
27 de mar. de 2012
A Páscoa enquanto “passagem” que não passa
Por Jildonei Lazzaretti
Ao longo dos tempos, os acontecimentos relacionados aos seres humanos vão sempre passando por transformações e recebendo novos significados. Isso às vezes torna-se um risco para a identidade constitutiva destes acontecimentos. Entre estes acontecimentos podemos citar a páscoa, que cada vez mais é desconsiderada no seu âmbito religioso original, e tida como um fato lendário relembrado apenas para justificar a movimentação econômica. Assim, este artigo, que está baseado na obra “El Misterio Pascual” do Frei Raniero Cantalamessa, pretende recordar o significado da páscoa cristã, suas origens e implicações.
Ao longo dos tempos, os acontecimentos relacionados aos seres humanos vão sempre passando por transformações e recebendo novos significados. Isso às vezes torna-se um risco para a identidade constitutiva destes acontecimentos. Entre estes acontecimentos podemos citar a páscoa, que cada vez mais é desconsiderada no seu âmbito religioso original, e tida como um fato lendário relembrado apenas para justificar a movimentação econômica. Assim, este artigo, que está baseado na obra “El Misterio Pascual” do Frei Raniero Cantalamessa, pretende recordar o significado da páscoa cristã, suas origens e implicações.
12 de mar. de 2012
Viver o Evangelho ou “abraçar a causa”?
“A quem iremos, Senhor?” (Jo 6, 68)
Por Jildonei Lazzaretti
Nesta última semana, foram divulgadas acusações contra o Pe. Paulo Ricardo de Azevedo Júnior, por meio de uma carta aberta assinada por alguns clérigos da Arquidiocese de Cuiabá e de outras dioceses que compõem esta província eclesiástica. Diante disto, muitos católicos mobilizaram-se em favor da defesa do sacerdote nas redes sociais e junto às autoridades eclesiásticas. Meu objetivo aqui não é fazer uma apologia ao Pe. Paulo Ricardo, e sim analisar o que está por trás deste episódio. Mas, agindo com honestidade intelectual, deve ficar claro que as acusações proferidas contra este sacerdote são explicitamente infundadas e não condizem com a realidade.
O que se percebe, no entanto, é que tais acusações são simplesmente uma perseguição ideológica. Em abril de 2010, houve um caso semelhante a este quando o teólogo Hans Küng acusou o papa Bento XVI de ter acobertado casos de pedofilia quando era Prefeito da Congregação para Doutrina da Fé: “Não há como negar o fato de o sistema de ocultamento posto em prática em todo o mundo diante dos crimes sexuais dos clérigos ter sido engendrado pela Congregação para a Doutrina da Fé romana sob o cardeal Ratzinger (1981-2005)”. Defendendo Bento XVI, George Weigel classificou a atitude de Hans Küng como um ato de odium theologicum. Ou seja, Hans Küng ofendeu (sem provas e fundamentos) a integridade de Bento XVI, não por um clamor de justiça, mas unicamente para combater um grande teólogo que se opõem à sua linha de pensamento. Num debate, quando não se consegue vencer por meio de argumentos, busca-se denegrir a imagem daquele que argumenta, pondo abaixo sua credibilidade.
Por Jildonei Lazzaretti
Nesta última semana, foram divulgadas acusações contra o Pe. Paulo Ricardo de Azevedo Júnior, por meio de uma carta aberta assinada por alguns clérigos da Arquidiocese de Cuiabá e de outras dioceses que compõem esta província eclesiástica. Diante disto, muitos católicos mobilizaram-se em favor da defesa do sacerdote nas redes sociais e junto às autoridades eclesiásticas. Meu objetivo aqui não é fazer uma apologia ao Pe. Paulo Ricardo, e sim analisar o que está por trás deste episódio. Mas, agindo com honestidade intelectual, deve ficar claro que as acusações proferidas contra este sacerdote são explicitamente infundadas e não condizem com a realidade.
O que se percebe, no entanto, é que tais acusações são simplesmente uma perseguição ideológica. Em abril de 2010, houve um caso semelhante a este quando o teólogo Hans Küng acusou o papa Bento XVI de ter acobertado casos de pedofilia quando era Prefeito da Congregação para Doutrina da Fé: “Não há como negar o fato de o sistema de ocultamento posto em prática em todo o mundo diante dos crimes sexuais dos clérigos ter sido engendrado pela Congregação para a Doutrina da Fé romana sob o cardeal Ratzinger (1981-2005)”. Defendendo Bento XVI, George Weigel classificou a atitude de Hans Küng como um ato de odium theologicum. Ou seja, Hans Küng ofendeu (sem provas e fundamentos) a integridade de Bento XVI, não por um clamor de justiça, mas unicamente para combater um grande teólogo que se opõem à sua linha de pensamento. Num debate, quando não se consegue vencer por meio de argumentos, busca-se denegrir a imagem daquele que argumenta, pondo abaixo sua credibilidade.