Diante da CNBB reunida, Teólogo faz apologia a Teologia da Libertação e defende que o colegiado dos bispos deve ser exercido "em debate contra Roma"
Por Jildonei Lazzaretti
Durante a 50ª Assembleia Geral da CNBB, o teólogo gaúcho Frei Luiz Carlos Susin, OFMCap, expôs aos bispos do Brasil uma "
Análise de conjuntura eclesial". Tendo acesso ao texto desta exposição, percebi que Frei Susin fez apenas uma análise marxista da Igreja (com base no materialismo histórico-dialético), acompanhada de uma apologia a Teologia da Libertação.
Ao falar da pedofilia, ele afirma: "As estatísticas dão esperança, uma vez que a concentração de casos (de pedofilia) está em clérigos cuja formação se situou exatamente no paradigma pré-conciliar que já não se sustentava mais". Ou seja, ele afirma que a maioria dos padres pedófilos recebeu uma formação baseada em princípios anteriores ao Concílio Vaticano II. Primeiramente, Frei Susin como teólogo tão renomado deveria citar estas estatísticas afirmando suas fontes e seus números exatos. E além disso, não consigo entender como estes padres pedófilos receberam formação pré-conciliar se a formação filosófica e teológica da maior parte dos seminários do Brasil, da América Latina e de parte da Europa é totalmente contrária à qualquer princípio que remete ao período pré-conciliar. Justamente nestes seminários se deu tanto enfoque a dimensão pastoral e social, que a doutrina foi deturpada, a disciplina foi condenada e as necessidades e fragilidades da dimensão humana foram ignoradas, gerando muitos dos recentes escândalos.