"(...) Para alguns contemporâneos a meta comum da unidade plena e visível entre os cristãos hoje parece estar novamente mais distante. Os interlocutores ecumênicos trazem ao diálogo ideias completamente diferentes sobre a unidade da Igreja." Partilho a preocupação de muitos cristãos (tradução nossa) "pelo fato de que os frutos da obra ecumênica, principalmente em relação à ideia de Igreja e de ministério, ainda não são compreendidas suficientemente pelos interlocutores ecumênicos. Todavia, embora surjam dificuldades sempre novas, olhemos para o futuro com esperança. Não obstante as divisões entre os cristãos constituam um obstáculo para modelar plenamente a catolicidade na realidade da vida da Igreja, como lhe foi prometido em Cristo e através de Cristo (cf. Unitatis redintegratio, 4), confiemos no fato de que, sob a guia do Espírito Santo, o diálogo ecumênico, como instrumento importante na vida da Igreja, serve para resolver este conflito. Isto acontecerá, em primeiro lugar, também mediante o diálogo teológico, que deve contribuir para um entendimento sobre as questões ainda insolúveis, que representam um obstáculo ao longo do caminho rumo à unidade visível e à celebração conjunta da Eucaristia como sacramento da unidade entre os cristãos.
(...) Temos que atribuir um lugar importante à oração comum e à prece interior, dirigidas a nosso Senhor Jesus Cristo pelo perdão das injustiças recíprocas e pela culpa relativa às divisões. Desta purificação da consciência faz parte o intercâmbio recíproco sobre a avaliação dos 1500 anos que precederam a Reforma e que, portanto, nos são comuns. Por isso, desejamos implorar conjuntamente e de modo incessante a ajuda de Deus e a assistência do Espírito Santo, para podermos dar outros passos rumo à unidade almejada e não descansarmos nos resultados já alcançados.
(...) Recorda-nos o capítulo dos Atos dos Apóstolos: «Eram assíduos ao ensino dos Apóstolos, à união fraterna, à fração do pão e às orações» (At, 2, 42). (...) Este testemunho, extraordinário e visível ao mundo, da unidade da Igreja primitiva poderia ser também para nós um estímulo e uma norma para o caminho ecumênico comum, inclusive no futuro."
Extraído do Discurso do Papa Bento XVI à Delegação da Igreja Unida Evangélica Luterana da Alemanha, em 24 de Janeiro de 2011 (grifos nossos).
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8 de dez. de 2011
Objetivo do movimento ecumênico: a plena unidade da fé
"(...) Mesmo se ainda não alcançamos o objectivo do movimento ecumênico, ou seja, a plena unidade da fé, no diálogo maturaram muitos elementos de sintonia e proximidade, que nos fortalecem no desejo geral de cumprir a vontade de nosso Senhor Jesus Cristo, «para que todos sejam um só» (Jo 17, 21).
(...) Na teologia e na fé tudo está relacionado e portanto uma compreensão mais profunda da justificação ajudar-nos-á também a compreender melhor juntos a natureza da Igreja e (...) o ministério episcopal e, deste modo, encontrar a unidade da Igreja de forma concreta ...
(...) todos estamos conscientes do fato que, nos últimos anos, o caminho ecumênico se tornou, sob alguns pontos de vista, mais difícil, certamente mais exigente. Serão expressas questões relativas ao método ecumênico e às conquistas dos anos transcorridos, assim como às incertezas do futuro, aos problemas do nosso tempo com a fé em geral."
Extraído do Discurso do Papa Bento XVI a uma Delegação Ecumênica da Finlândia, em 15 de Janeiro de 2011 (grifos nossos).
(...) Na teologia e na fé tudo está relacionado e portanto uma compreensão mais profunda da justificação ajudar-nos-á também a compreender melhor juntos a natureza da Igreja e (...) o ministério episcopal e, deste modo, encontrar a unidade da Igreja de forma concreta ...
(...) todos estamos conscientes do fato que, nos últimos anos, o caminho ecumênico se tornou, sob alguns pontos de vista, mais difícil, certamente mais exigente. Serão expressas questões relativas ao método ecumênico e às conquistas dos anos transcorridos, assim como às incertezas do futuro, aos problemas do nosso tempo com a fé em geral."
Extraído do Discurso do Papa Bento XVI a uma Delegação Ecumênica da Finlândia, em 15 de Janeiro de 2011 (grifos nossos).
6 de dez. de 2011
Ecumenismo: o ensino dos Apóstolos é o alicerce da unidade cristã, a Eucaristia é a plenitude da unidade visível
"(...) todos os crentes em Cristo são convidados a unir-se em oração para dar testemunho do profundo vínculo que existe entre eles e para invocar o dom da plena comunhão. (...) O caminho rumo à unidade visível entre todos os cristãos habita na oração...
(...) Ainda hoje, a comunidade dos fiéis reconhece na referência ao ensino dos Apóstolos a norma da própria fé: cada esforço pela construção da unidade entre todos os cristãos passa, portanto, através do aprofundamento da fidelidade ao depositum fidei que nos foi transmitido pelos Apóstolos. Firmeza na fé é o fundamento da nossa comunhão, é o alicerce da unidade cristã.
(...) A história do movimento ecumênico está marcada por dificuldades e incertezas, mas é também uma história de fraternidade, de cooperação e de partilha humana e espiritual, que mudou em medida significativa as relações entre os crentes no Senhor Jesus: todos estamos comprometidos em continuar por este caminho.
(...) na vida da primeira comunidade de Jerusalém era essencial o momento da fração do pão, em que o próprio Senhor se torna presente com o único sacrifício da Cruz (...). A comunhão no sacrifício de Cristo é o ápice da nossa união com Deus e portanto representa também a plenitude da unidade dos discípulos de Cristo, a plena comunhão. Durante esta semana de oração pela unidade é particularmente viva a lástima pela impossibilidade de compartilhar a mesma Mesa eucarística, sinal de que ainda estamos distantes da realização da unidade pela qual Cristo orou."
Extraído da Catequese do Papa Bento XVI, de 19/01/20011 (grifos nossos).
(...) Ainda hoje, a comunidade dos fiéis reconhece na referência ao ensino dos Apóstolos a norma da própria fé: cada esforço pela construção da unidade entre todos os cristãos passa, portanto, através do aprofundamento da fidelidade ao depositum fidei que nos foi transmitido pelos Apóstolos. Firmeza na fé é o fundamento da nossa comunhão, é o alicerce da unidade cristã.
(...) A história do movimento ecumênico está marcada por dificuldades e incertezas, mas é também uma história de fraternidade, de cooperação e de partilha humana e espiritual, que mudou em medida significativa as relações entre os crentes no Senhor Jesus: todos estamos comprometidos em continuar por este caminho.
(...) na vida da primeira comunidade de Jerusalém era essencial o momento da fração do pão, em que o próprio Senhor se torna presente com o único sacrifício da Cruz (...). A comunhão no sacrifício de Cristo é o ápice da nossa união com Deus e portanto representa também a plenitude da unidade dos discípulos de Cristo, a plena comunhão. Durante esta semana de oração pela unidade é particularmente viva a lástima pela impossibilidade de compartilhar a mesma Mesa eucarística, sinal de que ainda estamos distantes da realização da unidade pela qual Cristo orou."
Extraído da Catequese do Papa Bento XVI, de 19/01/20011 (grifos nossos).
5 de dez. de 2011
O Senhor vem na Eucaristia
"(...) Em toda a parte, em cada realidade e cultura, das grandes cidades com os seus edifícios, aos pequenos povoados com as moradas humildes, das catedrais poderosas às pequenas capelas Ele vem e torna-se presente; e ao entrarem em comunhão com Ele, também os homens permanecem unidos entre si num único corpo, superando divisão, rivalidades e rancores. O Senhor vem na Eucaristia para nos tirar do nosso individualismo, dos nossos particularismos que excluem os outros, para formar de nós um só corpo, um único reino de paz num mundo dividido."
Papa Bento XVI, Catequese de 26/10/2011 (fragmento).