"(...) o que significa «ser pequenino», simples? Qual é «a pequenez» que abre o homem à intimidade filial com Deus e ao acolhimento da sua vontade? Qual deve ser a atitude de fundo da nossa oração? Meditemos sobre o «Sermão da montanha», onde Jesus afirma: «Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus» (Mt 5, 8). É a pureza do coração, aquela que permite reconhecer o rosto de Deus em Jesus Cristo; é ter um coração simples, como o das crianças, sem a presunção daqueles que se fecham em si mesmos, pensando que não têm necessidade de ninguém, nem sequer de Deus.
(...) devemos ter o coração dos pequeninos, dos «pobres de espírito» (Mt 5, 3), para reconhecer que não somos auto-suficientes, que não podemos construir a nossa vida sozinhos, mas precisamos de Deus, temos necessidade de O encontrar e escutar, de lhe falar. A oração abre-nos à recepção do dom de Deus, à sua sabedoria, que é o próprio Jesus, para cumprir a vontade do Pai sobre a nossa vida e encontrar assim alívio nas dificuldades do nosso caminho..."
Papa Bento XVI, Catequese de 07/12/2011 (fragmento).
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