30 de jul. de 2010

A Missa de todos os séculos

Desde o século II, temos o testemunho de São Justino, mártir, sobre as grandes linhas do desenrolar da Celebração Eucarística, que permaneceram as mesmas até os nossos dias para todas as grandes famílias litúrgicas. Eis o que ele escreve, pelo ano de 155, para explicar ao imperador pagão Antonino Pio (138-161) o que fazem os cristãos:

"No dia que chamam Dia do Sol, realiza-se a reunião num mesmo lugar de todos os que habitam a cidade ou o campo. Lêem-se, na medida em que o tempo o permite, ora os comentários dos Apóstolos, ora os escritos dos Profetas. Depois, quando o leitor terminou, o que preside toma a palavra para aconselhar e exortar à imitação de tão sublimes ensinamentos. A seguir, pomo-nos todos de pé e elevamos nossas preces por nós mesmos (...) e por todos os outros, onde quer que estejam, a fim de sermos de fato justos por nossa vida e por nossas ações, e fiéis aos mandamentos, para assim obtermos a salvação eterna.
Quando as orações terminaram, saudamo-nos uns aos outros com um ósculo. Em seguida, leva-se àquele que preside aos irmãos pão e um cálice de água e de vinho misturados.
Ele os toma e faz subir louvor e glória ao Pai do universo, no nome do Filho e do Espírito Santo e rende graças (em grego: eucharistian, que significa 'ação de graças') longamente pelo fato de termos sido julgados dignos destes dons.
Terminadas as orações e as ações de graças, todo o povo presente prorrompe numa aclamação dizendo: Amém.
Depois de o presidente ter feito a ação de graças e o povo ter respondido, os que entre nós se chamam diáconos distribuem a todos os que estão presentes pão, vinho e água 'eucaristizados' e levam (também) aos ausentes".

Aí está a estrutura fundamental da Liturgia, que se conservou ao longo dos séculos até nossos dias.

Referència:
Catecismo da Igreja Católica, parágrafos 1345 e 1346


São Justino, rogai por nós!

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